segunda-feira, 28 de maio de 2012

No alvo

Após um final emocionante, a 96ª edição das 500 Milhas de Indianápolis trouxe um monte de novidades. A única coisa que não era inédita foi o vencedor. Dario Franchitti bebeu pela terceira vez a garrafa de leite mais cobiçada do mundo da velocidade. Mas a o caminho para essa façanha não foi nada fácil.

A primeira notícia a respeito de Franchitti foi a troca do número do carro para a corrida. O escocês sempre corre com o número 10 estampado no Dallara de cor avermelhada. Desta vez, para homenagear a "Target", patrocinadora da Chip Ganassi, Dario usou o número 50.

Para homenagear patrocinador, Dario usou o número 50 em Indiana
 Durante os treinos, não esteve entre os três primeiros em nenhuma vez. Na classificação, o 16º tempo dava a impressão de que este ano o time de Chip Ganassi seria apenas coadjuvante no quadrioval de Indiana. Mas durante a corrida, neste domingo, a coisa foi se invertendo aos poucos.

Até a volta de número 100, pouco se viu do bólido guiado pelo ítalo-escocês. A não ser, um toque envolvendo ele e E.J. Viso dentro dos pits, o que complicou ainda mais a vida dele. Porém, aí veio o "tiro no alvo".

Com uma grande tática de pit stop, Franchitti foi escalando o pelotão na segunda metade da corrida. A 50 voltas do fim, já estava entre os 6 primeiros e ainda não tinha liderado nem meia volta nas 500 Milhas. Aí a experiência falou alto. Chegou a liderança da prova e, na abertura do último giro, escapou da barbeiragem de Takuma Sato, que tentou ultrapassá-lo e foi direto ao muro - lembrando o acidente entre Fittilpadi e Unser Jr. em 1989. Tricampeão com autoridade.

Franchitti celebra terceiro triunfo em Indianápolis; o 2º pela Chip Ganassi
Uma rápida análise da cagada feita pelo japonês

Não é de hoje que sabemos que Sato é um piloto muito afoito - para não dizer burro. Se tivesse prestado o mínimo de atenção, o piloto da equipe Rahal-Letterman, teria percebido que Franchitti ia usar da experiência para evitar o bote. Mesmo assim, o piloto do carro #15 foi com tudo, Franchitti tirou o carro, e sobrou o muro da curva 1 para o ex-piloto da F1.

Porém, se tivesse guardado posição, teria mais vácuo para passar o Dario entre as curvas 3 e 4, assim como fez para ultrapassar Dixon. Que sirva de aprendizado para ele e para Bobby Rahal, dono do time. Que em 2013, Rahal escolha uma melhor dupla de pilotos.

Afobação de Sato acabou no muro da curva 1 de Indianápolis

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