terça-feira, 22 de março de 2011

Mais uma chance

Ele surgiu no início dos anos 2000 como um novo nome para suprir a lacuna deixada por Alain Prost no automobilismo francês. Sebastien Bourdais despertou os olhares da imprensa, naquela época, por ser um piloto arrojado e muito rápido. Com isso, em 2002 ganhou a Fórmula 3000, última categoria antes de chegar a tão sonhada Fórmula 1.

Tudo parecia certo. No final daquele ano tinha um contrato assinado com a equipe Arrows, tinha tudo para ter êxito. Porém, a equipe quebrou e o francês ficou a pé. Surgiu-lhe então a oportunidade de ir para os EUA e ele topou. Em 2003 estava na já fragilizada Champ Car, numa das maiores equipes do país: a Newman Haas. Lá conquistou quatro campeonatos seguidos (2004 a 2007), por isso despertou de novo o interesse do circo da F-1.


Em 2008, ele foi contratado pela Toro Rosso e teve um início animador! No GP da Austrália conseguiria um quarto lugar, mas seu motor quebrou. E foi só. Com um carro mediano e com um companheiro de equipe - Sebastian Vettel - tendo regalias, foi perdendo espaço, perdendo, perdendo....Até que em junho de 2009 foi demitido do time. Sobrou-lhe novamente os EUA, onde participou de maneira esporádica de algumas campeonatos.

Em 2011, Bourdais pilotará pela modesta Dale Coyne e tem consciência de que as chances de vitória são mínimas, para não dizer nulas. Mas já é alguma coisa para quem esteve no lugar certo na hora errada, e vice-versa.
Vencedor na Champ Car....
Bourdais não teve êxito na Fórmula 1.

E a lista vai aumentando.....

A temporada 2011 da Fórmula Indy nem começou, mas, os pilotos que vão disputar a centésima edição das 500 milhas de Indianápolis - quarta prova do campeonato- já estão sendo definidos. Na última semana, o inglês Jay Howard foi confirmado como o segundo piloto da equipe Sam Schimidt Racing. E mais dois nomes foram definidos no início desta semana.

Ontem, o canadense Paul Tracy, de 42 anos, foi confirmado pela equipe Dreyer & Reinbold Racing. Tracy será o terceiro piloto do time de Robbie Buhl. Junto dele estarão o inglês Justin Wilson e a brasileira Bia Figueiredo. Paul Tracy disputará a prova pela sétima vez e tem fama de ser um piloto muito arrojado, às vezes, passando dos limites.

Tracy correrá pela sétima vez em Indianápolis
E nesta terça, outro nome foi confirmado na lista dos inscritos. Trata-se do norte-americano Townsend Bell, de 35 anos. Ele será o terceiro piloto da Sam Schimidt e participou da última edição das 500 milhas pela mesma equipe, chegando em 16º. Seu melhor resultado foi um 4º lugar em 2004. Além de Howard e Bell, o time conta com o experiente Alex Tagliani.

Bell foi anunciado nesta terça (22) pela Sam Schmidt
Com essas três confirmações a lista de inscritos para a corrida chega a 29 pilotos e deverá aumentar nas próximas semanas, chegando a 40 carros, segundo a organização das 500 milhas. 33 largarão para a tradicional prova, no dia 29 de maio, que já foi vencida por três brasileiros: Émerson Fittipaldi, Gil de Ferran e Hélio Castroneves.

Hélio Castroneves buscará seu 4º triunfo em Indianápolis

O lado cômico de Novak Djokovic

Todo mundo sabe que o tenista sérivo é muito bem-humorado. Porém, dessa vez, o atual campeão do Australian Open, o primeiro Grand Slan disputado em 2011, passou dos limites. Em um comercial, "Djoko" solta o seu lado cômico, para um de seus patrocinadores. É ver e dar muita risada.




segunda-feira, 21 de março de 2011

O fim da novela Kanaan

Após quase cinco meses de incertezas, Tony Kanaan pode respirar tranquilamente. O piloto brasileiro anunciou nesta segunda-feira que correrá todas as etapas da Fórmula Indy em 2011. A nova equipe de Kanaan é a KV Racing, fruto da sociedade de Kevin Kalkhoven, da Lotus Cars e, do ex-piloto, Jimmy Vasser. Após ver a tentativa de compor um time 100% tupiniquim naufragar, o baiano já viajou para Miami, onde fará apenas um teste com o carro nº 82.

Entenda a história:

Em novembro de 2010, Kanaan foi pego de surpresa ao saber que seu patrocinador - a rede de lojas de conveniência 7-Eleven - estava se retirando da Fórmula Indy, antes de seu contrato com o brasileiro acabar. Sem alternatva, o dono da equipe, o ex-piloto Michael Andretti, liberou o brasileiro para buscar outra equipe pois, sem o aporte de um patrocinador, não teria condições de bancar uma temporada inteira para Kanaan.

A partir desse instante, ele viveu o maior pesadelo de sua carreira. O ex-campeão da categoria (ganhou em 2004) estava a pé. Porém o jogo estava mudando e, em dezembro, TK conseguiu um patrocínio com a cervejaria Petrópolis e começou a negociar com Gil de Ferran, então dono da De Ferran Racing. Em janeiro os dois oficializaram o acordo, em uma coletiva em São Paulo. Kanaan já tinha boa parte do dinheiro necessário, De Ferran iria buscar o restante. Mas ele não conseguiu, e em fevereiro a parceria acabou, e o time de Gil de Ferran fechou as portas.

Sem a De Ferran, o rol de opções de Kanaan estava pequeno. Sobravam apenas equipes pequenas (Dale Coyne, Dreyer & Reinbold) afinal, Newman Haas, Penske e Chip Ganassi estavam com seus pilotos definidos. Na última semana, Tony começou a negociar com Jimmy Vasser e, após receber uma garantia de Jimmy, os dois fecharam o acordo.
Novo carro de Tony Kanaan  (Foto: Twitter oficial do piloto)
Homenagem
O número 82 não foi escolhido à toa. Ele foi usado por Jim Clark nas 500 milhas de 1965, prova vencida pelo escocês que corria pela equipe Lotus. O japonês Takuma Sato e o venezuelano Ernesto Viso serão os companheiros de equipe do brasileiro. Além dele, mais quatro brasucas estão confirmados para a temporada da Indy em 2011: Hélio Castroneves (Penske), Vitor Meira (Foyt Enterprises), Bia Figueiredo (Dreyer & Reinbold) e Raphael Matos (AFS Racing).

A temporada 2011 da Fórmula Indy começa no dia 27 de março, nas ruas de São Petesburgo, na Califórnia.

Após ficar a pé, Kanaan (à esquerda) tem presença garantida em 2011

O rei de Bristol

Mesmo sendo pressionado no final da prova, Kyle Busch confirmou o favoritismo e venceu as 500 milhas de Bristol, oval de apenas meia milha, no último domingo (20) pela Nascar Sprint Cup. Busch já havia triunfado um dia antes ao vencer a prova da categoria de acesso (Nationwide Series). Com a vitória, o piloto do carro 18 entra de vez na briga pela disputada vaga nos playoffs e, de quebra, ganha um apelido: "o rei de Bristol."
Tomada aérea do "Coliseu" do Tenessee (Getty Images)    
Em uma prova marcada por diversos acidentes - foram ao todo dez bandeiras amarelas - Busch conseguiu segurar o ímpeto de Carl Edwards, que havia largado na pole position, e do atual pentacampeão, Jimmie Jonhson. A corrida teve gratas surpresas, como o quinto lugar obtido por Paul Menard, que vem fazendo ótima temporada na equipe RCR. Se por um lado o time de Richard Childress comemora, por outro só lamenta, pois outro piloto da equipe sofre uma maré de azar interminável: Jeff Burton novamente não teve sorte e se envolveu em dois acidentes, o que tirou a chance de conseguir um bom resultado.
Kyle Busch dominou o fim de semana em Bristol
Quem também se destacou foi Dale Earnhardt Jr., que vinha de duas péssimas corridas, e ontem fechou em 11º após largar em 25º. Ao longo da prova Johnson, Truex Jr., Kevin Harvick, Edwards, Tony Stewart e Menard se revezaram na liderança, mas, após a última parada nos pits, Busch saiu na frente e, quando se aproximava dos retardatários, conseguia negociar rapidamente as manobras, abrindo caminho para a sua quinta vitória consecutiva no oval de Bristol, no estado do Tenessee.

Mesmo terminando em sétimo, o irmão mais velho de Kyle, Kurt, continua na liderança do campeonato. O piloto da Penske tem apenas um ponto de vantagem para Carl Edwards. A próxima etapa da Sprint Cup será no dia 27 no oval de Fontana, na Califórnia.
Kurt Busch, de amarelo, manteve a ponta da tabela
Veja a classificação final da corrida e, ao lado, a tabela de pontuação:

1º Kyle Busch                               1º Kurt Busch - 150 pts                             
2º Carl Edwards                            2º Carl Edwards - 149 pts
3º Jimmie Johnson                         3º Tony Stewart - 138 pts
4º Matt Kenseth                            4º Ryan Newman - 138 pts
5º Paul Menard                             5º Paul Menard - 136 pts
6º Kevin Harvick                          6º Kyle Busch - 133 pts
7º Kurt Busch                               7º Jimmie Jonhson - 130 pts
8º Greg Biffle                                8º Juan Pablo Montoya - 126 pts
9º Kasey Kahne                           9º Dale Earnhardt Jr. - 124 pts
10º Ryan Newman                       10º Martin Truex Jr. - 123 pts

segunda-feira, 14 de março de 2011

Time grande, estrutura pequena

Mais uma vez ficou provado que o futebol brasileiro precisa melhorar muito, no tocante à infraestrutura. Seria inimaginável que, em pleno século XXI, um clube profissional não tivesse uma estrutura adequada para desenvolver o seu maior patrimônio: o jogador. Não me refiro a um Centro de Treinamento de primeiro mundo, mas, um local onde o treinador possa qualificar seu elenco durante os campeonatos que disputa. Porém, a ficha dos dirigentes ainda não caiu.

Cansado desse descaso, Muricy Ramalho pediu demissão do Fluminense. Exatamente, o atual campeão nacional não tem uma estrutura que dê ao melhor técnico do país condições para que o time evolua, ao longo dos treinamentos. Para que você tenha noção,  o tricolor carioca tem apenas UM campo - todo esburacado - para treinar, por isso, vive com seu Departamento Médico lotado. Um verdadeiro campo de várzea.

Podemos contar nos dedos quantos clubes no país têm uma estrutura, no mínimo, decente. Por isso, a cada temporada, conseguem brigar por títulos. Chegou a hora dos dirigentes colocarem a mão na consciência e olhar para dentro do clube, e não apenas ver que o time não tem um camisa 10. Afinal, camisa 10 pode ser formado dentro da própria agremiação e valer muito mais do que um forasteiro, desde que técnicos e atletas tenham condições mínimas de trabalho. Oferecer a um técnico um campo de treinamento todo esburacado, é o mesmo que oferecer a um piloto de F1, um carro sem freio.

sábado, 12 de março de 2011

O retorno do craque

Antes de ler este texto, quero que saiba: não sou santista.

Hoje, 12 de março de 2011, foi um dos dias mais felizes do futebol, segundo a bola. Após quase sete meses  (199 dias) separados, o casamento entre a pelota e Paulo Henrique Lima, o Ganso, foi reatado. O camisa 10 da Vila Belmiro voltou a desfilar sua classe pelos gramados, para a felicidade da bola e de quem gosta de futebol.

O jogo estava amarrado. O Santos jogava mal, muito mal. Até que, na volta do intervalo, o técnico Martelotte pôs o craque em campo. E foram necessários apenas nove minutos para mostrar que Ganso é um jogador diferenciado. Um lançamento, que iniciou a jogada do primeiro gol e, como se fosse um centroavante, escorou o cruzamento e fez o segundo tento da equipe santista. O Botafogo diminuiu, no final do jogo.

Mas, o que realmente interessa, é que a bola voltou a sorrir. A dupla dinâminca da Baixada Santista está de volta, para azar e terror das defesas adversárias. A tabelinha Ganso-Neymar deverá ser o grande pilar do Santos durante toda a temporada. E olha que o time tem Elano, Arouca, Jhonatan......
Terror das zagas adversárias, craques estão juntos novamente
Crédito da Imagem: Miguel Schincariol/LanceNet

Bem-vindos, de novo

Na última década, nos acostumamos a ver uma debandada de bons (e ruins) jogadores. A cada ano, jogadores de futebol iam para cada vez mais longe: Turquia, Arábias, Ásia, Leste Europeu e outros confins da Terra. Como resultado, o torcedor achou normal que um jogador mediano atuasse pelo seu time e, viu também, uma verdadeira "dança das camisas", afinal, um atleta estava em um determinado clube; um ano depois (ou até menos) o mesmo indivíduo apresentava-se à outra agremiação.

É claro que, no meio dessa salada de jogadores nota "6", surgiram bons atletas - estamos no Brasil - e, pelo fato de se destacarem com tanta facilidade, iam embora por quantias consideráveis. Porém, hoje a situação mudou, um pouco, para melhor. É óbvio que muitos atletas ainda vão para o exterior, e que nosso futebol continua com uns caras nota "6", mas, nas últimas temporadas o número de bons jogadores que voltaram impressiona. Independente da idade, da fase que atravessava no exterior, devemos enaltecer que o Futebol Nacional se fortaleceu. 

E esse retorno de craques faz com que os que já estão por aqui, fiquem um tempo maior. Isso gera rendimento (R$) aos clubes que podem traçar planos para repatriar outros jogadores. Resultado desse "círculo": Um produto melhor para quem assiste, paga, trabalha. Ganha o atleta, o empresário, o patrocinador e a peça fundamental no esporte bretão: O TORCEDOR.

Feliz o cara que vai na arquibancada. Feliz o profissional que fica na cabine ou atrás do gol. Feliz o jogador, que entra em campo e, com certeza, proporcionará um belo espetáculo. Feliz a bola. Feliz O FUTEBOL.