Mais uma vez ficou provado que o futebol brasileiro precisa melhorar muito, no tocante à infraestrutura. Seria inimaginável que, em pleno século XXI, um clube profissional não tivesse uma estrutura adequada para desenvolver o seu maior patrimônio: o jogador. Não me refiro a um Centro de Treinamento de primeiro mundo, mas, um local onde o treinador possa qualificar seu elenco durante os campeonatos que disputa. Porém, a ficha dos dirigentes ainda não caiu.
Cansado desse descaso, Muricy Ramalho pediu demissão do Fluminense. Exatamente, o atual campeão nacional não tem uma estrutura que dê ao melhor técnico do país condições para que o time evolua, ao longo dos treinamentos. Para que você tenha noção, o tricolor carioca tem apenas UM campo - todo esburacado - para treinar, por isso, vive com seu Departamento Médico lotado. Um verdadeiro campo de várzea.
Podemos contar nos dedos quantos clubes no país têm uma estrutura, no mínimo, decente. Por isso, a cada temporada, conseguem brigar por títulos. Chegou a hora dos dirigentes colocarem a mão na consciência e olhar para dentro do clube, e não apenas ver que o time não tem um camisa 10. Afinal, camisa 10 pode ser formado dentro da própria agremiação e valer muito mais do que um forasteiro, desde que técnicos e atletas tenham condições mínimas de trabalho. Oferecer a um técnico um campo de treinamento todo esburacado, é o mesmo que oferecer a um piloto de F1, um carro sem freio.
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