O clima de tensão está cada vez mais evidente entre os pilotos da Fórmula 1. Porém, isso está longe de ocorrer devido às brigas por posições na pista. A questão política no Bahrein, próxima etapa do mundial de 2012, deixa todo mundo inseguro, por mais que se use as frases prontas do tipo "o esporte não tem nada a ver com política", ou de que "será um fim de semana qualquer".
Contudo, se é para abrir o bico e usar os chavões supracitados, que se faça com o mínimo de prudência. IFaltou isso ao bicampeão Sebastian Vettel. Questionado sobre a situção política no país, o alemão da Red Bull disparou: "Você pode imaginar quando vamos ao Brasil. Não é realmente o lugar onde gostaríamos de estar também."
Convenhamos, alguns pilotos não gostam mesmo de vir ao Brasil. Aqueles sorrisos, ações de marketing, sessão de autógrafos só rolam por causa de questões contratuais. Além da (evidente) falta de estrutura em Interlagos, a insgurança da capital paulista assusta 8 a cada 10 pessoas que vem a São Paulo para trabalhar na etapa tupiniquim, tratada como um "circo" pela mídia.
Todavia, a violência vivida no Brasil e no Bahrein tem fundamentos e causas totalmente diferentes. Lá, a questão é política/religiosa, que não entrarei em detalhes até por ser meio leigo no assunto. Já aqui, a violência acontece por pura falta de oportunidades e pela "esperança" de um "futuro menos sofrido". Além disso, não há bombas explodindo em cada esquina, mas há um "trombadinha" em cada farol.
Por isso, comparar um país com o outro é uma bobagem sem tamanho. A sorte de Vettel é que aqui no Brasil as coisas são esquecidas rapidamente, assim como os trombadinhas do farol, e quando chegar a etapa brasileira aquele monte de gente vem com sorriso largo, dizendo que adora o Brasil, blá, blá, blá . Mas que o campeão falou uma tremenda de uma merda, ah isso falou!
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