segunda-feira, 18 de junho de 2012

O queridinho da América

A vitória de Dale Earnhardt, Jr. no último domingo (17) mostrou como um esportista pode ser adorado por todos que o cercam. O piloto de 37 anos amargava um jejum de 4 anos e 2 dias sem uma vitória na Sprint Cup, principal divisão da Nascar, a categoria de automobilismo mais popular nos EUA. Há 143 GPs, Earnhard Jr. não sabia que era estar no "Victory Lane". A última vez havia sido em Michigan e, por capricho do destino, o oval de 2 milhas foi o palco do fim da seca de vitórias.

Jr. retoma o caminho das vitórias justamente em Michigan, palco do último triunfo
 Mas o que ficou marcado após a corrida foi a festa incontida de torcedores, mecânicos e até pilotos de outras equipes. Do curto trajeto que separa a linha de chegada do Victory Lane, pelo menos umas 50 pessoas de outros times acenaram, parabenizando o "driver" da equipe Hendrick. O piloto do Chevrolet nº 88 é filho de uma das lendas da categoria, Dale Earnhardt, Sir, que morreu em Daytona em 2001. Junior, desde de 2003, é o competidor mais popular da categoria, mesmo sem ter sido campeão em nenhuma vez (seu finado pai conquistou por sete vezes a temporada).
 

Para se ter noção de como o triunfo de Dale Jr. era tão aguardo pelos fãs, desde que a crônica da corrida foi postada no site oficial da Nascar, após a vitória, mais de 6.100 pessoas deixaram um comentário. Só para comprarmos, o texto resumindo a vitória de Joey Logano, em Pocono, etapa que antecedeu Michigan, tem pouco mais de 2.000 "coments". Sem contar os resumos nos sites da ESPN, Fox Sports e outras emissoras que transmitem a Nascar lá na terra do "tio Sam".
Fãs comemoram vitória de Dale Jr. em Michigan
O triunfo de Earnhardt Jr foi incontestável. Liderou 96 das 200 voltas em Michigan e contou com um belo trabalho da equipe nos pit-stops. Atual campeão da Nascar, Tony Stewart foi o segundo e Matt Kenseth, líder do campeonato, fechou o grupo dos três melhores. Com o triunfo, Earnhardt Jr assumiu a vice-liderança do campeonato e tem presença quase garantida nos playoffs que definem o campeão da Nascar.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

No alvo

Após um final emocionante, a 96ª edição das 500 Milhas de Indianápolis trouxe um monte de novidades. A única coisa que não era inédita foi o vencedor. Dario Franchitti bebeu pela terceira vez a garrafa de leite mais cobiçada do mundo da velocidade. Mas a o caminho para essa façanha não foi nada fácil.

A primeira notícia a respeito de Franchitti foi a troca do número do carro para a corrida. O escocês sempre corre com o número 10 estampado no Dallara de cor avermelhada. Desta vez, para homenagear a "Target", patrocinadora da Chip Ganassi, Dario usou o número 50.

Para homenagear patrocinador, Dario usou o número 50 em Indiana
 Durante os treinos, não esteve entre os três primeiros em nenhuma vez. Na classificação, o 16º tempo dava a impressão de que este ano o time de Chip Ganassi seria apenas coadjuvante no quadrioval de Indiana. Mas durante a corrida, neste domingo, a coisa foi se invertendo aos poucos.

Até a volta de número 100, pouco se viu do bólido guiado pelo ítalo-escocês. A não ser, um toque envolvendo ele e E.J. Viso dentro dos pits, o que complicou ainda mais a vida dele. Porém, aí veio o "tiro no alvo".

Com uma grande tática de pit stop, Franchitti foi escalando o pelotão na segunda metade da corrida. A 50 voltas do fim, já estava entre os 6 primeiros e ainda não tinha liderado nem meia volta nas 500 Milhas. Aí a experiência falou alto. Chegou a liderança da prova e, na abertura do último giro, escapou da barbeiragem de Takuma Sato, que tentou ultrapassá-lo e foi direto ao muro - lembrando o acidente entre Fittilpadi e Unser Jr. em 1989. Tricampeão com autoridade.

Franchitti celebra terceiro triunfo em Indianápolis; o 2º pela Chip Ganassi
Uma rápida análise da cagada feita pelo japonês

Não é de hoje que sabemos que Sato é um piloto muito afoito - para não dizer burro. Se tivesse prestado o mínimo de atenção, o piloto da equipe Rahal-Letterman, teria percebido que Franchitti ia usar da experiência para evitar o bote. Mesmo assim, o piloto do carro #15 foi com tudo, Franchitti tirou o carro, e sobrou o muro da curva 1 para o ex-piloto da F1.

Porém, se tivesse guardado posição, teria mais vácuo para passar o Dario entre as curvas 3 e 4, assim como fez para ultrapassar Dixon. Que sirva de aprendizado para ele e para Bobby Rahal, dono do time. Que em 2013, Rahal escolha uma melhor dupla de pilotos.

Afobação de Sato acabou no muro da curva 1 de Indianápolis

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sigam-me os bons!!!

Quem nunca assistiu a um episódio do Chaves ou do Chapolin Colorado? Com certeza, o leitor irá se lembrar de pelo menos uma passagem dos personagens criados pelo ator mexicano Roberto Gómez Bolaños, que ainda fazem sucesso na televisão. Pois bem, para homenagear o artista que, durante décadas, levou alegria às pessoas, o piloto Sérgio Perez, compatriota de Bolaños, participará do GP de Mônaco com um capacete em alusão ao seu ídolo de infância.

"Checo" Perez teve como melhor resultado neste ano um segundo lugar na Malásia. Porém, depois daquela corrida não pontuou mais. Através de seu twitter, o piloto da Sauber fez o anúncio: "Essa é a grande surpresa! Meu maior ídolo, Roberto Bolaños, estará em meu capacete no GP de Mônaco. Roberto, muito obrigado por nos fazer tão felizes. Vamos CH!"

Foto: Facebook/Sérgio Perez
O famoso coração com as letras "CH" estará na parte de cima do capacete. Já a figura de Bolaños vestido como Chapolin Colorado estará na parte da nuca, junto da famosa expressão "Sigam-me os bons!" Criador do super-heroi atrapalhado, Chespirito agradeceu: “Checo Pérez: sorte em Mônaco e obrigado pelo CH em seu capacete. De seu amigo, Roberto Bolaños.”

Pérez mostra o capacete personalizado com a imagem do Polegar Vermelho

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ricky Bobby por um dia

Kurt Busch foi do céu ao inferno em pouco mais de três meses. O piloto da Nascar tinha, em 2011, um ótimo contrato com a equipe Penske, um carro competitivo e o status de ex-campeão da categoria. Porém, nas últimas etapas do ano passado, jogou isso tudo pelo ralo ao brigar com jornalistas e se envolver em polêmicas fora das pistas. Resultado: foi demitido por Roger Penske por justa causa e ficou a pé para este ano.

"Buschão" teve que dar um reinício na sua carreira e aceitou o desafio de guiar um carro de uma equipe nanica, a Phoenix. Sim, o nome do time faz alusão à ave que renasce das cinzas. E parece de Kurt tem encarnado esse espírito.

Na etapa disputada no último domingo, em Talladega, o carro 51 não tinha um patrocinador. Mas isso não impediu o ânimo e a vontade do ex-campeão. Kurt e sua equipe deram um "golpe de mestre" ao lembrar do filme "Talledega Nights", de 2006, estrelado por Will Ferrel. Na trama, o ator faz o papel de Ricky Bobby, um piloto consagrado que perde o seu patrocinador, mesmo cenário de Busch.

Para não correr com o carro "pelado", Ricky usa um artifício: coloca ele mesmo com patrociandor. Com um leão pintado no capô e a palavra ME (eu em inglês) ele quer dizer que acredita nele e que a ausência de uma empresa que banque os custos não o farão desistir do campeonato. Vendo que não teria um "sponsor", Kurt faz a mesma coisa.

Kurt inova pintura e faz sucesso como "Ricky Bobby"
Kurt Busch andou toda a corrida entre os primeiros colocados, e chegou a liderar três voltas em Talladega. Porém, no final da prova, ele foi tocado por Brad Keselowski - seu ex-companheiro de equipe na Penske - e roudou. O ex-campeão terminou a prova em 20º mas mostrou que pode ser rápido mesmo com uma equipe pequena e sem patrocinador.



domingo, 29 de abril de 2012

Arrancada final

Após quatro dias de trabalho, a cobertura na Fórmula Indy acabou. O Power venceu de novo e a chuva não desabou na hora da corrida. Neste domingo algumas cenas me deixaram impressionado: o grande número de meninos e meninas presentes no local e a festa que a torcida faz a cada ultrapassagem.

Assisti a corrida em lugar de destaque: o camarote da firma. Lanchinho, bebidas, salgadinho..tudo na faixa, "de gratis'', como o outro. O barulho que esses carros fazem é algo absurdo, mas não se compara ao barulho que os aviões da FAB, que fizeram um razante em cima do circuito.

Dia de corrida é algo diferente. Os pilotos antecipam que não vão falar, mas sempre um ou outro escapa e diz alguma coisa. Mecânicos ficam com a cara mais fechada ainda. E as pessoas se espremem pra tirar uma foto do carro ou do competidor. Vendo pela televisão, no sofá da minha casa, parece que a corrida leva horas. Sentado na beira da pista, o tempo voa (assim como os caras dentro do carro) e quando você percebe o fulano já ganhou a etapa.

Nesse parágrafo final, quero agradecer a todos que me ajudaram nessa estreia. Toda a equipe do Band News que esteve comigo nessa empreitada automobilística e que me proporcionou um dos melhores momentos da vida: acompanhar de perto (muito perto mesmo) uma corrida de carros de fórmula. Muito trabalho, mas que no final foi muito recompensador. Tomara que em 2013 esteja lá de novo.

Hasta!

sábado, 28 de abril de 2012

Zebra traiçoeira

Terceiro dia de trabalho no Anhembi. Depois da caminhada deste sábado (28), posso dizer que corro a São Silvestre numa boa. Bom, depois dessa breve explanação, digo que o dia de hoje foi de zebras. Aliás a zebra me proporcionou dois momentos muitos legais. Porém, não me refiro àquele animal listrado em preto e branco.

Na segunda sessão de treinos livres, um acidente com o Helio Castroneves foi o centro das atenções. O piloto passou por cima de uma zebra, na primeira curva do circuito, e bateu o carro. Nada grave com ele, felizmente. Porém, para minha sorte, a batida foi bem em frente ao local onde eu estava. Por pouco, não pegamos a batida num ângulo exclusivo. Mas foi muito legal ver um acidente de perto. Pena que no treino que definiu a ordem de largada, Castroneves não foi tão bem.

Castroneves estampa o carro #3 no muro bem a minha frente - FotoArena
O segundo momento foi, após o qualificatório, conseguir falar com o próprio Helio sobre o acidente da manhã. Estava circulando pela garagem. O treino já havia acabado e fiquei passando pelo local, vendo o trabalho da Penske - equipe do brasileiro. Achava que ele já estava em reunião com engenheiros, mecânicos e outros sujeitos. Contudo, para a minha surpresa olho para o lado e vejo um indivíduo de macacão amarelo chegando em uma scooter.

Helinho chegou junto com o patrão, Roger Penske. Esperei ele descer da motoca, falar qualquer coisa com o dono da equipe e perguntei sobre o acidente. Fiz uma brincadeira com o termo "deu zebra" - usado quando algo totalmente inesperado acontece, sobretudo no esporte. Ele riu e disse: "É cara, hoje a zebra foi traçoeira. O carro estava bom mas tive azar". Aproveitando que estava sozinho, questionei se aquele ponto do trajeto é o mais 'crítico'. Mais sério, ele disse que sim, aquela zebra é alta demais e os pilotos precisam tomar cuidado ao passar pelo local.

Exclusividade durou pouco. Uma leva de gente se aproximou
Após a segunda pergunta uma legião de repórteres e torcedores se aproximou. Após a muvuca passar, indaguei-o se iria copiar alguma coisa no carro do Will Power (pole position) e ele afirmou: "O homem parece que tem o domínio das ruas de SP, vou comparar alguns tempos e roubar uns segredos."

Outra coisa que merece destaque: a legião de fãs que o Rubens Barrichello tem. A maioria das pessoas autorizada a circular pela garagem estava posicionada em frente ao local reservado para a equipe de Rubinho. Respondendo ao grande apoio dos presentes, o ex-F1 passou de moto próximo aos torcedores e estendeu braço, cumprimentando várias pessoas.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Vida de "rookie"

À primeira vista parece um mundo novo. Sabe quando você vai para um lugar que já viu anteriormente, mas quando chega no local tudo parece diferente? Pois é, minha primeira experiência cobrindo um grande evento esportivo pode ser comparada a essa viagem. De uma hora para outra uma centena de pessoas corre para todos os lados. Carrinhos elétricos passam entre as garagens da Fórmula Indy e o cheiro de combustível já começa a ser sentido.

Uma embromada no inglês. "Good morning" pra lá, "thanks" pra cá, e consigo acesso para ficar perto de um carro. O carro! Um barulho que impressiona, surpreende, ensurdece e estremece. Não só o do motor. Cada detalhe é visto com o mínimo de cuidado. Da roda ao parafuso que prende uma parte do banco, tudo é vistoriado. Verdadeiro pente-fino.

Enquanto os mecânicos montam as máquinas, pilotos sorriem para as câmeras, assessores negociam entrevistas, patrocinadores pedem favores e os jornalistas se infiltram nesse meio todo. Todo canto tem alguém tirando foto. Do carro, da equipe e, se bobear, até do extintor.

Saco vazio não para em pé. Quando o almoço é liberado na sala de imprensa, muitos parecem que vão pra santa ceia. Só falta alguém tocar o sino e gritar "Tá na mesa!". Revê alguns colegas, conhece outros, pesca informações como quem não quer nada, e guarda as que tem na mão como um pote de ouro.

Um estranho no ninho já visto antes. Mas depois de alguns minutos de "ambientação" e de "filma aqui", "grava essa sonora" e outros jargões, o trabalho rende, a hora passa (voando) e tudo aquilo que no começo do dia era totalmente desconhecido torna-se algo tão natural e normal. Mais normal do que vistoriar o parafuso que prende uma parte do banco.

sábado, 21 de abril de 2012

Indy divulga lista prévia de inscritos na Indy 500

Antes mesmo da etapa do Brasil, a Indy se antecipou e divulgou uma lista com 34 carros inscritos para as 500 Milhas de Indianápolis, lendária prova do automobilismo mundial, que acontece no último fim de semana de maio. A lista não possui muitas supresas, talvez a maior delas seja a ausência de um nome já conhecido no mundo das corridas.

O francês Jean Alesi, com passagens pela Fórmula 1 e pela DTM, não está na relação dos inscritos. Alesi já anunciou que participará pela primeira vez da prova pela equipe Newmann-Haas, que não disputa toda a temporada da Indy meste ano. Honestamente não sei o motivo que levou o time a não mencionar o veterano na listagem pré-oficial.

Mas há novatos nessa história. Wade Cunninghan vai correr as 500 Milhas pela primeira vez, assim como Bryan Clauson. No último ano, 44 bólidos foram inscritos para concorrer a 33 vagas no grid de largada. Acredito que, neste ano, esse número não será superado.

Confira a lista de inscritos:

Penske: Hélio Castroneves, Ryan Briscoe e Will Power;
Ganassi: Dario Franchitti, Scott Dixon, Graham Rahal e Charlie Kimball
Andretti: Bia Figueiredo, Marco Andretti, James Hinchcliffe e Ryan Hunter-Reay
KV: Rubens Barrichello, Tony Kanaan e Ernesto Viso
Foyt: Mike Conway e Wade Cunningham
Dale Coyne: Justin Wilson e James Jakes
Panther: JR Hildebrand
Dragon: Sébastien Bourdais e Katherine Legge
Rahal Letterman: Takuma Sato e A ser anunciado
Carpenter: Ed Carpenter e A ser anunciado
Dreyer & Reinbold: Oriol Servià
Schmidt Hamilton Simon Pagenaud e A ser anunciado
Fisher Hartman: Josef Newgarden e Bryan Clauson
HVM: Simona de Silvestro
BHA: Alex Tagliani
Newman Haas: A ser anunciado
AFS: Sebastian Saavedra

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Castroneves divulga pintura do carro para SP Indy 300

Tricampeão das 500 milhas de Indianáplois, o brasileiro Helio Castroneves desembarca no Brasil de cores novas. Mas engana-se quem pensa que ele trocou de time. O que ocorre é um "rodízio" de patrocinadores do piloto do carro #3. No dia 29, próximo domingo, Castroneves terá o terceiro "sponsor" diferente em quatro corridas disputadas pela Penske, neste ano.

Na etapa inicial, em St, Pete, o bólido do brazuca tinhas as cores vermelho e amarelo. No Alabama e em Long Beach as cores predominantes eram o azul e o branco. Na corrida a ser realizada nas ruas de São Paulo, Castroneves terá um carro amarelo e branco.

Castroneves terá o 3º patrocinador em 4 corridas da Indy (Foto: Divulgação)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Borussia pode conquistar bicampeonato da Bundesliga no fim de semana

Faltando três rodadas para o fim do Campeonato Alemão, o Borussia Dortmund pode sagrar-se bicampeão neste sábado. Para conquistar o caneco basta uma simples vitória sobre o Borussia Mochengladbach, que luta por uma vaga na Liga dos Campeões da UEFA, da próxima temporada. O time amarelo tem oito pontos de vantagem sobre o Bayern de Munique, que enfrenta o Werder Bremen.

O jogo da equipe de Munique começa horas antes do duelo entre os "Borussias", por isso o Dortumund poderá entrar em campo já campeão, caso os bávaros não vençam. A equipe comanda por Jupp Heynckes está nas semifinais da Liga dos Campeões, por isso, alguns membros da comissão técnica admitem que o foco do time está na partida decisiva contra o Real Madrid, na próxima quarta-feira.

De saída

Outra notícia que marcou o futebol alemão foi o anúncio da não renovação de contrato entre o atacante espanhol Raúl e o Schalke 04, maior rival do Borussia Dortmund. As partes não chegaram a um acordo. O jogador queria um novo contrato válido por duas temporadas, e os "azuis-reais" ofereceram uma temporada. Maior ídolo do Real Madrid na década passada, Raúl González passou duas temporadas no futebol alemão, após deixar a equipe merengue. O futebol do Catar deve ser o destino do veterano centroavante, de 34 anos.

Vettel faz comparação ridícula entre Brasil e Bahrein para contornar violência

O clima de tensão está cada vez mais evidente entre os pilotos da Fórmula 1. Porém, isso está longe de ocorrer devido às brigas por posições na pista. A questão política no Bahrein, próxima etapa do mundial de 2012, deixa todo mundo inseguro, por mais que se use as frases prontas do tipo "o esporte não tem nada a ver com política", ou de que "será um fim de semana qualquer".

Contudo, se é para abrir o bico e usar os chavões supracitados, que se faça com o mínimo de prudência. IFaltou isso ao bicampeão Sebastian Vettel. Questionado sobre a situção política no país, o alemão da Red Bull disparou: "Você pode imaginar quando vamos ao Brasil. Não é realmente o lugar onde gostaríamos de estar também."

Convenhamos, alguns pilotos não gostam mesmo de vir ao Brasil. Aqueles sorrisos, ações de marketing, sessão de autógrafos só rolam por causa de questões contratuais. Além da (evidente) falta de estrutura em Interlagos, a insgurança da capital paulista assusta 8 a cada 10 pessoas que vem a São Paulo para trabalhar na etapa tupiniquim, tratada como um "circo" pela mídia.

Todavia, a violência vivida no Brasil e no Bahrein tem fundamentos e causas totalmente diferentes. Lá, a questão é política/religiosa, que não entrarei em detalhes até por ser meio leigo no assunto. Já aqui, a violência acontece por pura falta de oportunidades e pela "esperança" de um "futuro menos sofrido". Além disso, não há bombas explodindo em cada esquina, mas há um "trombadinha" em cada farol.

Por isso, comparar um país com o outro é uma bobagem sem tamanho. A sorte de Vettel é que aqui no Brasil as coisas são esquecidas rapidamente, assim como os trombadinhas do farol, e quando chegar a etapa brasileira aquele monte de gente vem com sorriso largo, dizendo que adora o Brasil, blá, blá, blá . Mas que o campeão falou uma tremenda de uma merda, ah isso falou!

domingo, 18 de março de 2012

Nelsinho e a volta por cima nos ovais dos EUA


Após um ano se adaptando ao estilo de corridas da NASCAR, finalmente Nelsinho Piquet venceu sua primeira corrida no automobilismo dos Estados Unidos. Tudo bem, ele venceu uma etapa de uma sub-divisão da categoria, a Nascar East, mas o triunfo em Bristol, o menor oval do mundo, de apenas meia milha, serve para que Piquet ganhe mais visibilidade entre as categorias de turismo americanas.

E foi uma vitória maiúscula. Pois o piloto fez a pole position, fez a volta mais rápida da corrida e liderou o maior número de voltas no pequeno oval do Tenessee.

Nelsinho conseguiu fazer uma boa temporada de estréia na Truck Series, onde andou constantemente entre os dez primeiros colocados, sobretudo nos ovais de uma milha e meia, como Richmond e Kentucky. A tarefa dele ficou mais fácil por ter um bom equipamento em mãos, afinal a KHI era uma  das melhores da categoria e tinha o apoio da Chevrolet, com a bolha do modelo Silverado.

Após 1a vitória nos EUA, Nelsinho tem tudo para crescer na Nascar
 Neste ano, o brasileiro foi para a Turner, pois a KHI foi fechada pelo seu dono, o piloto Kevin Harvick. Na prova de abertura da temporada, em Daytona, Piquet por pouco não cravou a pole. Foi um décimo mais lento que seu companheiro de equipe, o também brazuca Miguel Paludo. Fazia uma boa corrida com chances reais de vitória até se envolver em um acidente com mais 5 carros e encerrou em vigésimo.

Deverá fazer algumas corridas pela Nationwide, categoria de acesso a Sprint Cup, principalmente nos circuitos mistos – Road America, Watkins Glen e Montreal. Com o passar do tempo, Piquet pode construir uma boa carreira no turismo norte-americano. Basta ter mais regularidade e contar com um bom equipamento. Talento ele tem.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Um brasileiro por outro

Quem acompanha de perto a Fórmula 1 sabe que, atualmente, tem vaga garantida em alguma equipe o piloto que chegar com mais dinheiro/patrocínio ou for de "primeiro escalão", tipo Alonso, Hamiltom, Button, Vettel, etc. Nos times intermediários e pequenos a condição financeira fica mais evidente. E com o Bruno Senna não foi diferente. Claro que vai ter um ou outro que vai falar que ele é mais jovem, ainda tem "futuro" na categoria e blablablá....mas o que garantiu o cockpit ao sobrinho do Ayrton foi ter o Eike Batista como principal trampolim.

A Williams está mal das pernas há um bom tempo. Desde que perdeu o apoio da BMW, o time inglês deixou de figurar entre as posições iniciais do grid. E ano após ano foi perdendo investidores, dinheiro e status. Por isso, não criem esperanças de que Bruno pode fazer uma ótima temporada, aquela injeção moral que o Galvão tenta aplicar todos os anos. Hoje, o time de Frank Williams briga para ser a sétima força do campeonato, atrás de RBR, McLaren, Ferrari, Mercedes, Lotus, Force India. E olha que em algumas corridas no ano passado, foi superada pela equipe "B" da Red Bull, a Toro Rosso.
Bruno Senna foi anunciado pela Williams nesta terça-feira (17)
Tá, vai ser legal reviver um passado, afinal Ayrton também correu de Williams, aliás, morreu nela em 94. Esse lado sentimentalista é válido. Mas a realidade de Bruno, em 2012, será a mesma de Barrichello em 2011. Com um carro fraco, vai ter que tirar "leite de pedra" e rezar para São Pedro mandar uma chuvinha. A única diferença entre eles, hoje, está no combustível, financeiro, é claro.

E Barrichello? Mais de trezentos grandes prêmios disputados, 19 anos de Fórmula 1...para...ficar a pé. Sim, faltou a ele pensar na possibilidade de ficar sem carro, ou ter que guiar um bólido bem pior. Só há uma vaga disponível para este ano e ela está na Hispania. Pensa naquele Chevette bem velho e cansado. Então a Hispania é duas vezes pior. Resta ao Rrrrrrrubinho migrar para os Estados Unidos. Mas ele já rebateu tal hipótese. E depois da morte do Wheldon então, duvido.
Sem vaga na F1, Barrichello pode antecipar "aposentadoria"
Sobrou então a Stock Car, que tem credibilidade, competitividade e um público fiel. Um verdadeiro eldorado para quem não tem mais mercado na Europa e está cagando para a Indy e a Nascar. Algumas equipes de ponta, um regulamento confuso que sofre mudanças todos os anos e poucas e curtas corridas, se compararmos com a Nascar, por exemplo. O que sabemos é que a "Era Rrrrrrubinho" na F1 está com os dias contados.

Falador passa mal

Em meados de 2011, o jogador de futebol Alex Silva fez uma série de críticas à diretoria do São Paulo, mais precisamente ao presidente Juvenal Juvêncio, dizendo que não se sentia valorizado no clube. Ficou de cabeça inchada pois a cúpula são-paulina não o procurou para renovar o contrato de empréstimo junto ao Hamburgo, da Alemanha. Também, não era para menos. Não era nem sombra do Alex Silva da primeira passagem pelo clube. Zagueiro de regularidade ímpar, teve até algumas chances na Seleção.

Em 2008, como já era esperado, se mandou para a europa. Conviveu com uma grave lesão no joelho, falta de sequência de jogos, aquela coisa toda e forçou um retorno ao Brasil, e foi acolhido no tricolor paulista, em 2010. Falou muito e jogou pouco. Brigou com Deus e o mundo, deixou o SP pela porta dos fundos e foi para o Flamengo, em julho do ano passado.
Falou muito e jogou pouco. Alex Silva é afastado do Flamengo
Time grande, sem dúvida. Porém, as questões extra-campo, volta e meia, têm mais destaque que o time em campo. E no começo de 2012, Alex viu-se numa sinuca. Sem receber, pôs a boca no trombone, atacou a diretoria e não se apresentou para a viagem para a Bolívia. Foi afastado pela diretoria. Novamente o beque enfiou os pés pelas mãos e usou a imprensa para cobrar salários atrasados. Assim como no SP, está sem clima para jogar. E convenhamos: nas partidas em que atuou jogou muito abaixo do esperado.

Agora ele procura clube para jogar. Ainda possui vínculo com o Mengão, mas se queimou feio com o grupo e com a torcida. O Juvenal, sim aquele senhorzinho que o Alex criticou aos quatro ventos em 2010, disse que o reclamão ligou para ele, pedindo para voltar. Mas recebeu um não, por enquanto, como resposta. Falta ao irmão do Luizão, aquele que é capitão e ídolo no Benfica, saber medir as palavras. Afinal, o mundo do futebol é muito pequeno e quem você critica hoje, pode lhe ajudar amanhã.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Azevedo completa 13ª etapa do Dakar na segunda colocação

O Brasil conseguiu um ótimo resultado na penúltima etapa do Rally Dakar, neste sábado (14). Pilotando um caminhão Tatra, André Azevedo foi o segundo colocado na 13ª especial da competição, que ligou as cidades de Nasca e Pisco, no Peru. Azevedo percorreu os 275 km da etapa em 3h53min41s, pouco mais de 20 minutos atrás do vencedor, o russo Andrey Karginov.

A segunda posição de Azevedo foi o melhor resultado de um piloto brasileiro na edição 2012 do Dakar. "Conseguir este resultado num momento especial de minha carreira é emocionante”, afirmou. André forma equipe com o navegador brasileiro Maykel Justo, e com o mecânico auxiliar Jaromir Martinec, da República Tcheca. O desempenho do piloto nacional foi tão bom, que ele conseguiu bater dois "brutos" da Iveco, montadora que domina a competição, neste ano.
O líder, na classificação geral, é o holandês Gerard de Rooy (Iveco), que cruzou na sétima posição ao final da 13ª etapa, e praticamente garantiu o título conservando o caminhão e se livrando de acidentes. Ele tem 53 minutos de vantagem para o seu compatriota Hans Stacey. Para de Rooy abraçar o caneco basta completar o último estágio do Dakar, de apenas 29 km, neste domingo. Já Azevedo ocupa a oitava posição no geral

Giba deixará a seleção após os Jogos Olímpicos

Giba, um dos pilares da geração vitoriosa da seleção masculina de vôlei, anunciou que vai deixar o time comandado por Bernardinho após as Olimpíadas de Londres, que ocorrem entre julho e agosto deste ano. Campeão Olímpico em 2004, em Atenas, e vice em 2008, em Pequim, o capitão espera encerrar seu ciclo deixando a equipe novamente no lugar mais alto do pódio.
Fim da linha: Giba deixará a seleção depois de Londres-2012
Quanto ao processo de renovação do time, Giba se mostra tranquilo e garante que o país tem totais condições de brigar por títulos e fazer grandes campanhas nos torneios que disputa, nos próximos anos. “A renovação é uma preocupação grande da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei). Mas temos peças que estão por vir para continuar essa hegemonia”, afirma o camisa 7.

Giba acredita que o Brasil deve seguir o modelo norte-americano de formação de atletas de alto nível. "Temos que tomar o exemplo dos Estados Unidos, que é uma potência. Jogadores profissionais saem do college", afirma o jogador.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Krzyzewski faz lista preliminar para os Jogos Olímpicos

O jornalista norte-americano Chris Sheridam divulgou em seu blog, na última terça-feira, a lista preliminar feita pelo técnico da seleção norte-americana de basquete masculino, Mike Krzyzewski, para os Jogos Olímpicos deste ano, que serão disputados em Londres. Veja os nomes:

Armadores: Chauncey Billups (Los Angeles Clippers), Chris Paul (Los Angeles Clippers), Derrick Rose (Chicago Bulls), Deron Williams (New Jersy Nets) e Russell Westbrook (Oklahoma City Thunder)

Alas: Carmelo Anthony (New York Knicks), Kobe Bryant (Los Angeles Lakers), Kevin Durant (Oklahoma City Thunder), Eric Gordon (Los Angeles Clippers), Andre Iguodala (Philadelphia 76ers), LeBron James (Miami Heat) e Dwyane Wade (Miami Heat).

Pivôs: LaMarcus Aldridge (Portland Trail Blazzers), Chris Bosh (Miami Heat), Tyson Chandler (Dallas Mavericks), Blake Griffin (Los Angeles Clippers), Dwight Howard (Orlando Magic), Kevin Love (Minnesota Timberwolves) e Lamar Odom (Dallas Mavericks).

Certamente,  Krzyzewski terá uma bela dor de cabeça, afinal nove jogadores deverão ser cortados da lista. E dor de cabeça maior terão as demais seleções, porque encarar os EUA, mesmo jogando com um time universitário não é coisa fácil.

BHR anuncia contratação de Alex Tagliani

A equipe Bryan Herta Racing (BHR) anunciou nesta semana a contratação do canadense Alex Tagliani (39). O piloto - que foi pole-position das 500 milhas de Indianápolis, em 2011 - foi o escolhido por Herta para dar sequência ao processo de expansão do time, que neste ano correrá todas as etapas da Fórmula Indy.

Bryan Herta é ex-piloto da categoria e, numa parceira com a equipe CURB, venceu a edição de 2011 da Indy 500 em um final épico, quando JR Hildebrand bateu na última curva e a vitória caiu no colo de seu piloto, o inglês Dan Wheldon. Herta se mostrou satisfeito com a presença do veterano canadense na equipe: "Ele traz um uma boa experiência e entusiasmo ao programa, e está em uma forma perfeita para nós", afirmou.
Ano novo, equipe nova: Tagliani aceita desafio e vai para a BHR
Tagliani também foi só elogios ao novo patrão: "Estou honrado de ser parte do programa que ele está construindo para 2012", garantiu. Neste ano, a BHR vai correr com motores fornecidos pela Lotus, por isso a pintura do bólido será verde e dourada, cores usadas pela mesma nos anos 70 e 80, na Fórmula 1. "Também é uma honra para mim representar a marca Lotus como parceira de fábrica. A Lotus tem muita história no mundo do automobilismo", completou Tagliani

Al-Attiyah chuta o balde e critica Hummer e Gordon

Campeão do Rally Dakar em 2011, o piloto do Catar, Nasser Al-Attiyah, viu as chances de faturar novamente o rally irem por água abaixo, na última terça-feira (10). O piloto teve novos problemas mecânicos em seu carro - um Hummer H3 - na etapa entre Antofagasta e Iquique, no Chile, e decidiu abandonar a competição, mesmo vencendo duas etapas, na semana passada. Após confirmar o abandono, o catariano não poupou críticas ao carro e a equipe Speed, liderada pelo norte-americano Robby Gordon.

"Nunca mais correrei com Gordon e com um Hummer. A equipe é muito imatura", afirmou o campeão de 2011 à revista argentina "Corsa". O curioso é que Al-Attiyah acertou com a Speed dias antes do Dakar começar. Segundo a publicação, o catariano teria pago US$ 500 mil a Gordon para ficar com o segundo Hummer - o primeiro é justamente do norte-americano.

O chefe da Speed rebateu: "A culpa não é do Hummer, mas sim de Al-Attiyah por pisar fundo demais no acelerador.” Para provar a confiabilidade do carro, Robby deu como exemplo a vitória obtida por ele na nona etapa especial, a mais longa da competição. Até 2011, Nasser Al-Attiyah era piloto oficial da Volkswagen, marca que ganhou as três últimas edições do Dakar, mas que não participa neste ano.

Após abandonar o Dakar, Al-Attiyah critica equipe: "Muito imatura"